FCO turbina turismo no Distrito Federal
Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste disponibiliza R$ 189 milhões para o setor em 2012. Recursos serão usados na preparação para os grandes eventos que serão realizados em Brasília
Renato Ferreira, da Agência Brasília
O montante repassado pelo FCO é o maior já destinado ao setor de turismo e será utilizado, por exemplo, para financiar a reforma e/ou construção de leitos de hospedagem, aperfeiçoar agências de viagens e capacitar profissionais do setor. Áreas afins ao turismo, como o mercado gastronômico, também serão incentivadas como forma de turbinar o setor turístico na capital federal.
“Com a proximidade da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014, esperamos que o turismo do Distrito Federal dê um salto considerável em termos de opções e de qualidade. Para isso, é preciso proporcionar mais condições para que o setor se desenvolva”, afirmou o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado.
O orçamento total do FCO para 2012 é de R$ 5,1 bilhões – deste total, R$ 1 bilhão foi destinado para o Distrito Federal.
Comércio e serviço – Outros setores que crescerão com a realização dos grandes eventos esportivos em Brasília são comércio e serviço. O orçamento do Fundo em 2012 para as duas áreas é de R$ 257 milhões. “Historicamente, os empresários da área utilizam bastante o FCO. Com os torneios que a cidade receberá, precisávamos fortalecer esse instrumento de apoio a eles”, explicou Dourado.
Ciência e Tecnologia – De acordo com o superintendente do FCO, outras duas grandes novidades do Fundo para este ano são o apoio à ciência, tecnologia e inovação (C&T&I) e ao empreendedorismo individual.
Em relação à primeira área, a intenção é transformar o Distrito Federal em um dos principais polos de C&T&I do país. “Tudo dependerá da demanda por financiamentos. A ideia é contribuir para o desenvolvimento de projetos científicos e parcerias com universidades. O leque de opções é amplo e diverso”, destacou Dourado.
A ação vem ao encontro dos planos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF. A pasta tem se focado nas obras de infraestrutura do Parque Tecnológico Cidade Digital, no final da Asa Norte. Instituições como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, inclusive, já iniciaram a construção de seus datacenters no local. De acordo com a secretaria, a Cidade Digital entrará em funcionamento ainda neste primeiro semestre de 2012 e deverá gerar aproximadamente 80 mil empregos, potencializando o desenvolvimento do Distrito Federal e da região não apenas em ciência e tecnologia, mas em diversos campos.
Sobre o empreendedorismo individual, Marcelo Dourado destacou que os empresários da área não tinham condições financeiras para impulsionar os negócios que administram. Para eles, foi criada uma taxa de juros diferenciada, de 4% a 5% ao ano.
Tanto para as atividades de C&T&I quanto para as de empreendedorismo individual ainda está sendo definido o total de recursos que serão disponibilizados pelo fundo neste ano.
Além do DF, o FCO contempla os Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A administração do fundo é feita pelo Ministério da Integração Nacional. O agente financeiro é o Banco do Brasil. O Norte e Nordeste também contam com seus respectivos fundos de desenvolvimento regional (FNO e FNE, respectivamente).
Para solicitar financiamento com recursos do fundo, o interessado deve procurar uma das agências do Banco do Brasil. O limite de financiamento é de R$ 20 milhões por empresa. O prazo para pagamento do empréstimo pode chegar a 20 anos. Os juros variam de 4% a 10%.
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Diferentes sotaques e línguas
O Civebra é realizado pelo GDF por meio de parceria entre as secretarias de Educação e de Cultura e a Escola de Música. E tem tido maior número de adeptos a cada edição. “Acho extraordinário que o governo dê oportunidade para os alunos estudarem música, gratuitamente”, afirma – animado – o professor de harpa Mário Falcão. Ele é português, leciona na Universidade Estadual de Nova York e veio a Brasília ministrar algumas das aulas.
Crescimento – “Estávamos esperando o mínimo de 500 e o máximo de 800 inscrições, mas a procura nos surpreendeu: foram mais de 1.260 solicitações”, comemora o professor de violoncelo Ataíde de Mattos, diretor da Escola de Música de Brasília. Mattos estudou na EMB nos anos 1970 e, na década seguinte, deu aulas na instituição.
O diretor explica que, conforme acontece a cada ano, os primeiros dias do curso são de ajustes de metodologia. “Depois o ritmo engrena, os professores se conhecem e marcam seus concertos. E aí, já começa a preparação para o encerramento”, detalha. Os números demonstram essa evolução. Na semana passada, a média de concertos era de quatro por dia. Esta semana há até 12 apresentações em um único dia.
Ao todo, são 50 professores, incluindo os que vêm de países como Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Venezuela. Dos 800 matriculados no Civebra, 300 são de fora do Distrito Federal. Eles estão alojados gratuitamente em um colégio, ao lado da Escola de Música.
O músico já conhecia Brasília, mas é calouro no Curso de Verão. Ele estuda canto erudito e, nas comemorações do cinquentenário da capital, apresentou-se no Teatro Nacional Cláudio Santoro, com o espetáculo A Todo Tango. “Somos tratados com muito respeito e carinho aqui. Meu país não tem dinheiro para investir na formação musical, como o Brasil faz. Por isso, é importante ter essa oportunidade”, avalia.
Marinheiro de primeira viagem – e vindo de longe – é o catarinense Diogo Costa, que ficou sabendo do curso pela família. A mãe e o irmão caçula vieram de Florianópolis (SC) para Brasília em 2010. No ano passado, o irmão dele fez o Civebra e, agora, o chamou. “Está sendo sensacional, porque estou aprendendo muita coisa. Quando voltar a Florianópolis, acho que vou realmente estudar música”, diz Diogo, que cursa biologia e aprendeu a tocar bateria e percussão em aulas particulares.
Já o violonista Fernando Costa estudou e se formou em música pela Universidade Federal de Ouro Preto (MG). Ele pode ser considerado veterano do curso: participou em 2009 e no ano passado. “Isso aqui é um retiro musical. Além de estudar, é bom para rever os amigos e fazer novas amizades”, comenta Mineiro, como é conhecido pelos companheiros do Civebra.
Foto: Pedro Ventura
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03/11 – Quinta – 20h
18h
Bate Papo – Ney Lopes + Dj Pezão.
Ligiana
Renata Jambeiro
Zezé Motta
Documentário Rock Brasília entra em cartaz nesta sexta em sete salasFonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
A história do rock candango contada por seus principais protagonistas entra em cartaz hoje, em sete salas da cidade, com o documentário Rock Brasília – A Era de Ouro. Na telona, imagens de arquivo, filmadas por Vladimir Carvalho desde o final dos anos 1980, concluem uma trilogia sobre a construção cultural e ideológica da capital federal iniciada com os longas-metragens Conterrâneos Velhos de Guerra e Barra 68.
Em cena e pelos palcos do País, as três bandas locais que ajudaram a construir este painel: Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude. Os componentes fazem parte da primeira geração de filhos de intelectuais, diplomatas e políticos que mudaram-se com JK para o cerrado.
“Não se faz cinema sozinho. Primeiro, é preciso acreditar, para depois ver acontecer”, disse o produtor Marcus Ligocki, em depoimento na abertura do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, quando o filme abriu o tradicional evento, no dia 23 de setembro, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional.
“Foi um privilégio trazer às telas a história dessa fabulosa rapaziada. Com suas guitarras e baterias gloriosas, são um ensurdecedor exemplo de crença no sonho”, disse Vladimir Carvalho, antes de completar: “Eu fiz este filme para poder dizer a Brasília, em alto e bom som, ‘Eu te amo, Brasília’, apesar de tudo”.
Ritmo
Fê Lemos, da banda Capital Inicial, acredita que o filme ficou muito melhor que o imaginado. “Foi surpreendente. Tem ritmo”, acredita o baterista. “É bonito as coisas do Renato (Russo). Fiquei emocionado, muito feliz”, acrescenta. “O Vladimir refez as entrevistas 20 anos depois. Os anos que se passaram dão uma carga dramática ao longa”.
Para André X, da Plebe Rude, o resultado final também saiu muito melhor que o esperado. “Eu pensava: ‘Lá vem outros daqueles documentários cheios de gente falando. Será que vai interessar a alguém, além do meu ego?’”, questionava.
“A gente começou as gravações completamente sem expectativa. Minha mãe reclamou que eu estava muito mal vestido no vídeo (risos), mas ficou fantástico”, vibra o vocalista, Philippe Seabra. Para ele, a película narra de uma maneira bastante fiel a trajetória dos três conjuntos oitentistas que aparecem na projeção.
Na plateia, nomes ilustres da música local também compartilharam da alegria dos protagonistas. “Gostei, gostei. Acho que cabe o 2, o 3… Tem muita história para contar”, comentou o maestro Rênio Quintas.
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“Hoje”, de Tata Amaral, ganha Candango de melhor filme
Numa competição marcada por filmes bastante diferentes entre si, o 44º Festival de Brasília dividiu seus troféus Candangos entre dois títulos. Foram cinco prêmios para “Hoje”, de Tata Amaral, que saiu como melhor longa-metragem pelo júri oficial, e outros cinco para “Meu País”, de André Ristum, consagrado como melhor longa pelo júri popular.
“Hoje” foi premiado ainda com melhor direção de arte, fotografia e melhor roteiro, além do prêmio de melhor atriz para Denise Fraga, que, em discurso, agradeceu a Amaral a oportunidade de fazer um papel dramático forte. “Estou especialmente feliz porque sei que esse é um trabalho muito importante. Obrigada, Tata, por confiar em mim para contar junto com você essa história tão necessária”, disse.
Com a premiação, Amaral se tornou a quinta mulher a dirigir um filme vencedor do Festival.
Fonte: Folha Online
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Distrital quer cuidados com eventos em áreas
públicas