CULTURA

FCO turbina turismo no Distrito Federal

Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste disponibiliza R$ 189 milhões para o setor em 2012. Recursos serão usados na preparação para os grandes eventos que serão realizados em Brasília

                                      Renato Ferreira, da Agência Brasília

FotoFoto: Mary Leal
Brasília sediará, a partir de 2013, diversos eventos esportivos de grande porte, como a Copa das Confederações (que terá a partida de abertura realizada na cidade), a Copa do Mundo de 2014, a Copa América de 2015 e os jogos de futebol das Olimpíadas de 2016. Para atender com qualidade os turistas brasileiros e estrangeiros que virão em peso à capital, o Governo do Distrito Federal – em parceria com o trade turístico – investe em infraestrutura e qualificação profissional. Parte dos recursos virá do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que destinou, em 2012, R$ 189 milhões para a área.
 
O montante repassado pelo FCO é o maior já destinado ao setor de turismo e será utilizado, por exemplo, para financiar a reforma e/ou construção de leitos de hospedagem, aperfeiçoar agências de viagens e capacitar profissionais do setor. Áreas afins ao turismo, como o mercado gastronômico, também serão incentivadas como forma de turbinar o setor turístico na capital federal.
 
“Com a proximidade da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014, esperamos que o turismo do Distrito Federal dê um salto considerável em termos de opções e de qualidade. Para isso, é preciso proporcionar mais condições para que o setor se desenvolva”, afirmou o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado.
 
O orçamento total do FCO para 2012 é de R$ 5,1 bilhões – deste total, R$ 1 bilhão foi destinado para o Distrito Federal.
 
Comércio e serviço – Outros setores que crescerão com a realização dos grandes eventos esportivos em Brasília são comércio e serviço. O orçamento do Fundo em 2012 para as duas áreas é de R$ 257 milhões. “Historicamente, os empresários da área utilizam bastante o FCO. Com os torneios que a cidade receberá, precisávamos fortalecer esse instrumento de apoio a eles”, explicou Dourado.
 
Ciência e Tecnologia – De acordo com o superintendente do FCO, outras duas grandes novidades do Fundo para este ano são o apoio à ciência, tecnologia e inovação (C&T&I) e ao empreendedorismo individual.
 
Em relação à primeira área, a intenção é transformar o Distrito Federal em um dos principais polos de C&T&I do país. “Tudo dependerá da demanda por financiamentos. A ideia é contribuir para o desenvolvimento de projetos científicos e parcerias com universidades. O leque de opções é amplo e diverso”, destacou Dourado.
 
A ação vem ao encontro dos planos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF. A pasta tem se focado nas obras de infraestrutura do Parque Tecnológico Cidade Digital, no final da Asa Norte. Instituições como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, inclusive, já iniciaram a construção de seus datacenters no local. De acordo com a secretaria, a Cidade Digital entrará em funcionamento ainda neste primeiro semestre de 2012 e deverá gerar aproximadamente 80 mil empregos, potencializando o desenvolvimento do Distrito Federal e da região não apenas em ciência e tecnologia, mas em diversos campos.
 
Sobre o empreendedorismo individual, Marcelo Dourado destacou que os empresários da área não tinham condições financeiras para impulsionar os negócios que administram. Para eles, foi criada uma taxa de juros diferenciada, de 4% a 5% ao ano.

Tanto para as atividades de C&T&I quanto para as de empreendedorismo individual ainda está sendo definido o total de recursos que serão disponibilizados pelo fundo neste ano.
 Desenvolvimento – A criação do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) foi prevista pela Constituição Federal de 1988. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Centro-Oeste por meio de financiamentos direcionados às atividades produtivas. São contemplados pelo fundo empresários dos setores industrial, agroindustrial, agropecuário, mineral, turístico, comercial e de serviços e de ciência, tecnologia e inovação.
 
Além do DF, o FCO contempla os Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A administração do fundo é feita pelo Ministério da Integração Nacional. O agente financeiro é o Banco do Brasil. O Norte e Nordeste também contam com seus respectivos fundos de desenvolvimento regional (FNO e FNE, respectivamente).
 
Para solicitar financiamento com recursos do fundo, o interessado deve procurar uma das agências do Banco do Brasil. O limite de financiamento é de R$ 20 milhões por empresa. O prazo para pagamento do empréstimo pode chegar a 20 anos. Os juros variam de 4% a 10%.

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Diferentes sotaques e línguas

Curso de Verão da Escola de Música promove encontros entre alunos e professores de vários estados brasileiros e de outros países, numa mistura de sons, sotaques e culturas
Victor Ribeiro, da Agência Brasília
FotoO Distrito Federal é palco, neste mês de janeiro, de grande concentração de músicos, professores de música, estudantes dos mais diversos instrumentos e apreciadores dessa arte. São pessoas provenientes tanto dos estados brasileiros como também de outros países. O grupo participa do Curso Internacional de Verão (Civebra) da Escola de Música de Brasília (EMB), realizado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em sua 34ª edição. Oferecido pela primeira vez de forma gratuita, o Civebra teve, neste ano, numero recorde de 1.260 pedidos de inscrição e se destaca pela mistura de sons, sotaques e culturas diferentes. Ao todo, 800 alunos assistem às aulas.

O Civebra é realizado pelo GDF por meio de parceria entre as secretarias de Educação e de Cultura e a Escola de Música. E tem tido maior número de adeptos a cada edição. “Acho extraordinário que o governo dê oportunidade para os alunos estudarem música, gratuitamente”, afirma – animado – o professor de harpa Mário Falcão. Ele é português, leciona na Universidade Estadual de Nova York e veio a Brasília ministrar algumas das aulas.
 O curso termina no próximo sábado (21), às 20h, com um grande concerto na sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Até lá, aulas, concertos e audições movimentam a Escola de Música todos os dias, a partir das 8h. Além de ser a primeira vez que é oferecida de forma gratuita, esta 34ª edição tem o diferencial, também, de ser a primeira com inscrições feitas exclusivamente pela internet.
 Crescimento – “Estávamos esperando o mínimo de 500 e o máximo de 800 inscrições, mas a procura nos surpreendeu: foram mais de 1.260 solicitações”, comemora o professor de violoncelo Ataíde de Mattos, diretor da Escola de Música de Brasília. Mattos estudou na EMB nos anos 1970 e, na década seguinte, deu aulas na instituição.

O diretor explica que, conforme acontece a cada ano, os primeiros dias do curso são de ajustes de metodologia. “Depois o ritmo engrena, os professores se conhecem e marcam seus concertos. E aí, já começa a preparação para o encerramento”, detalha. Os números demonstram essa evolução. Na semana passada, a média de concertos era de quatro por dia. Esta semana há até 12 apresentações em um único dia.

Ao todo, são 50 professores, incluindo os que vêm de países como Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Venezuela. Dos 800 matriculados no Civebra, 300 são de fora do Distrito Federal. Eles estão alojados gratuitamente em um colégio, ao lado da Escola de Música.
 Internet – A inscrição pela internet facilitou o acesso dos alunos que moram fora do Distrito Federal. O uruguaio Miguel Menchaca, por exemplo, ficou sabendo do Civebra e se inscreveu de casa, em Montevidéu. “Acompanho as atividades da Escola de Música pela internet há tempos, o que facilitou muito para mim”, reforça. Menchaca conta que quer se mudar para Brasília para participar de apresentações de quatro óperas, programadas para serem realizadas neste ano.
 
O músico já conhecia Brasília, mas é calouro no Curso de Verão. Ele estuda canto erudito e, nas comemorações do cinquentenário da capital, apresentou-se no Teatro Nacional Cláudio Santoro, com o espetáculo A Todo Tango. “Somos tratados com muito respeito e carinho aqui. Meu país não tem dinheiro para investir na formação musical, como o Brasil faz. Por isso, é importante ter essa oportunidade”, avalia.

Marinheiro de primeira viagem – e vindo de longe – é o catarinense Diogo Costa, que ficou sabendo do curso pela família. A mãe e o irmão caçula vieram de Florianópolis (SC) para Brasília em 2010. No ano passado, o irmão dele fez o Civebra e, agora, o chamou. “Está sendo sensacional, porque estou aprendendo muita coisa. Quando voltar a Florianópolis, acho que vou realmente estudar música”, diz Diogo, que cursa biologia e aprendeu a tocar bateria e percussão em aulas particulares.

Já o violonista Fernando Costa estudou e se formou em música pela Universidade Federal de Ouro Preto (MG). Ele pode ser considerado veterano do curso: participou em 2009 e no ano passado. “Isso aqui é um retiro musical. Além de estudar, é bom para rever os amigos e fazer novas amizades”, comenta Mineiro, como é conhecido pelos companheiros do Civebra.


Foto: Pedro Ventura
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Em novembro haverá a Conexão África Brasília em comemoração ao Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes (2011),instituído pela ONU.


A homenagem leva a  Sala Cássia Eller uma programação que amplifica as matrizes africanas nos repertórios de jovens cantoras e de artistas que bebem na fonte da cultura afro-brasileira. 
A ideia é mostrar ao público a importância da influência negra na criação da identidade cultural e musical no Brasil.
 Assim, o projeto vai mostrar a nova geração de cantoras e também artistas consagrados que utilizam em seu processo de composição as bases da musica africana.

OCUPAÇÃO SALA FUNARTE CÁSSIA ELLER 
03/11 – Quinta – 20h
Nei Lopes

04/11 -Sexta
18h
Bate Papo – Ney Lopes +  Dj Pezão.
 20h
Nei Lopes

10/11 – Quinta – 20h
Cris Pereira

11/11 – Sexta -20h
Camila Faustino

17/11- Quinta – 20h
Joana Duah

18/11 – Sexta – 20h
Ligiana

24/11 – Quinta – 20h
Renata Jambeiro

25/11 – Sexta – 20h
Zezé Motta
Preço:

R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)





Documentário Rock Brasília entra em cartaz nesta sexta em sete salasFonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
A história do rock candango contada por seus principais protagonistas entra em cartaz hoje, em sete salas da cidade, com o documentário Rock Brasília – A Era de Ouro. Na telona, imagens de arquivo, filmadas por Vladimir Carvalho desde o final dos anos 1980, concluem uma trilogia sobre a construção cultural e ideológica da capital federal iniciada com os longas-metragens Conterrâneos Velhos de Guerra e Barra 68.

Em cena e pelos palcos do País, as três bandas locais que ajudaram a construir este painel: Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude. Os componentes fazem parte da primeira geração de filhos de intelectuais, diplomatas e políticos que mudaram-se com JK para o cerrado.

“Não se faz cinema sozinho. Primeiro, é preciso acreditar, para depois ver acontecer”, disse o produtor Marcus Ligocki, em depoimento na abertura do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, quando o filme abriu o tradicional evento, no dia 23 de setembro, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional.

“Foi um privilégio trazer às telas a história dessa fabulosa rapaziada. Com suas guitarras e baterias gloriosas, são um ensurdecedor exemplo de crença no sonho”, disse Vladimir Carvalho, antes de completar: “Eu fiz este filme para poder dizer a Brasília, em alto e bom som, ‘Eu te amo, Brasília’, apesar de tudo”.

Ritmo
Fê Lemos, da banda Capital Inicial, acredita que o filme ficou muito melhor que o imaginado. “Foi surpreendente. Tem ritmo”, acredita o baterista. “É bonito as coisas do Renato (Russo). Fiquei emocionado, muito feliz”, acrescenta. “O Vladimir refez as entrevistas 20 anos depois. Os anos que se passaram dão uma carga dramática ao longa”.

Para André X, da Plebe Rude, o resultado final também saiu muito melhor que o esperado. “Eu pensava: ‘Lá vem outros daqueles documentários cheios de gente falando. Será que vai interessar a alguém, além do meu ego?’”, questionava.

“A gente começou as gravações completamente sem expectativa. Minha mãe reclamou que eu estava muito mal vestido no vídeo (risos), mas ficou fantástico”, vibra o vocalista, Philippe Seabra. Para ele, a película narra de uma maneira bastante fiel a trajetória dos três conjuntos oitentistas que aparecem na projeção.

Na plateia, nomes ilustres da música local também compartilharam da alegria dos protagonistas. “Gostei, gostei. Acho que cabe o 2, o 3… Tem muita história para contar”, comentou o maestro Rênio Quintas.

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“Hoje”, de Tata Amaral, ganha Candango de melhor filme

Numa competição marcada por filmes bastante diferentes entre si, o 44º Festival de Brasília dividiu seus troféus Candangos entre dois títulos. Foram cinco prêmios para “Hoje”, de Tata Amaral, que saiu como melhor longa-metragem pelo júri oficial, e outros cinco para “Meu País”, de André Ristum, consagrado como melhor longa pelo júri popular.


“Hoje” foi premiado ainda com melhor direção de arte, fotografia e melhor roteiro, além do prêmio de melhor atriz para Denise Fraga, que, em discurso, agradeceu a Amaral a oportunidade de fazer um papel dramático forte. “Estou especialmente feliz porque sei que esse é um trabalho muito importante. Obrigada, Tata, por confiar em mim para contar junto com você essa história tão necessária”, disse.
Com a premiação, Amaral se tornou a quinta mulher a dirigir um filme vencedor do Festival.

Fonte: Folha Online

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Distrital quer cuidados com eventos em áreas 


públicas

Lorena Pacheco

RICARDO MARQUES

Wasny: existem áreas que não são bem utilizadas no DF

O líder do governo na Câmara Legislativa, deputado Wasny de Roure (PT), pretende regulamentar as atividades culturais em áreas públicas do Distrito Federal. O parlamentar apresentou um projeto de lei que pretende evitar distúrbios para a população e melhorar os eventos na capital. A proposta deve ser aprovada ainda neste semestre. A proposta tramita na Comissão de Assuntos Sociais e seu relator é o deputado Evandro Garla (PRB).
A intenção de Wasny é levar as manifestações culturais e artísticas a todos os cidadãos do DF, em ruas, avenidas e praças públicas. O parlamentar acredita que as regras evitarão episódios como a Corrida da Cerveja, que ocorreu no dia 28 de agosto, no Eixão.  “Uma coisa é atividade esportiva e cultural, outra é evento que não quer pagar aluguel”, diz. A corrida causou transtornos pelo volume de lixo acumulado, abuso de álcool e barulho nas áreas residenciais.
Segundo a redação do projeto, as manifestações receberão benefícios como isenção de tributos e aluguel, desde que atendam a pré-requisitos. Os eventos devem ser gratuitos, respeitar a legislação do silêncio em áreas habitadas, não interromper o trânsito, não impedir a passagem de pedestres e o acesso a instalações públicas ou privadas. Os promotores das atividades também não poderão ter patrocínio privado que as caracterize como um evento de marketing.
De acordo com o deputado Wasny, existem áreas que não são bem utilizadas no DF, como o Parque da Cidade e o Eixão do Lazer. “O Parque tem muitos estacionamentos que não são usados”, afirma. O parlamentar pensa ser importante o governo estimular eventos como o Dia do Diabético ou de Combate ao Câncer de Pele, em parceria com entidades privadas. “São atividades de caráter público e educativo, têm todo o mérito. O governo precisa utilizar mais seus espaços para este tipo de manifestação, ter equipes que atendam a população, porque há uma grande demanda”, diz.
Wasny afirma que o próprio GDF poderia usar mais sua própria estrutura para disseminação de cultura, arte e informação. “O governo poderia distribuir seu próprio jornal na rodoviária, mas não o faz. Prefere utilizar os meios convencionais de publicidade”, diz.
Ao ser questionado sobre o evento de moda (Capital Fashion Week) que ocorrerá na Câmara este ano, ele diz não ver problema, desde que o motivo seja relevante. “Se tem uma entidade filantrópica para destinar recursos para portadores de câncer ou outra patologia, não vejo problema. Mas se é alguém que quer economizar em aluguel, acho inadequado e inoportuno. É empobrecer o espaço da Câmara”, afirma.
Alô Brasilia